sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Como aplicar o paradigma paraconsistente com sucesso? Muitas vezes percebemos intuitivamente que uma situação (uma teoria, ou uma certa área intelectual) tem uma certa "vocação" paraconsistente, ou poderia ser melhor vista do ponto de vista paraconsistente. Mas como explicar isso, ou mesmo expressar este ideia em termos formais? No artigo a seguir, com Martin Caminada e Paul Dunne propomos três postulados necessários (mas não suficientes) para que uma abordagem possa ser repensada como paraconsistente. Isos abre as portas para uma vasta gama de aplicações do paradigma paraconsistente, que me parece algo que a comunidade pesegue há bastante tempo. Damos três exemplos ilustrativos: argumentação abstrata (com diagramas), programação lógica e lógica de default. "Semi-stable semantics" Caminada, M. W. A., Carnielli, W. A., Dunne, P. E. Journal of Logic and Computation Advance Access 10.1093/logcom/exr033 First published online: September 14, 2011 Discussion/abstract In this article, we have stated three postulates (non-interference, crash resistance and backward compatibility) that aim to capture necessary properties for the notion of paraconsistency. That is, our aim is to describe what it means for a formalism to be a paraconsistent version of another formalism. This makes it possible to meaningfully apply paraconsistency to a whole range of formalisms that are fundamentally different to classical logic, which has traditionally been the main focus of paraconsistency. To illustrate the applicability of these postulates outside of the domain of classical logic, we show how they can be satisfied with respect to three non-classical formalisms: abstract argumentation, logic programming and default logic.